Vladimir Nabokov

NABOKV-L post 0007574, Wed, 12 Feb 2003 20:48:28 -0800

Subject
Mais: tal como Nabokov, Kubrick � implac�vel com as suas personagens ... (fwd)
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From: Sandy P. Klein <spklein52@hotmail.com>

Kubrick é implacável com as suas personagens ...

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Este Livro Deu Dois Filmes
Por M.J.O.
Quarta-feira, 12 de Fevereiro de 2003

É incomensurável a distância entre as duas adaptações cinematográficas,
homĂłnimas, do romance de Nabokov: a de Stanley Kubrick, de 1962, e a de Adrian
Lyne, de 1997. Somente a origem dos filmes e o fascĂ­nio dos seus realizadores
pelo escritor e pela obra constituem factores comuns.

Deixando de lado as abordagens estéticas de cada autor, importa aqui realçar a
interpretação e a reprodução que cada um fez de "Lolita". Kubrick é fiel ao
formato narrativo da Nabokov - no filme há igualmente um "flashback" e é Humbert
Humbert quem vai relatando os momentos - e dirige com uma correcção singular
James Mason (que fez de Humbert Humbert um dos melhores papéis da sua carreira),
Sue Lyon (que revela Lolita como uma verdadeira ninfeta, caprichosa e
mal-educada), Shelley Winters (uma inesquecĂ­vel Charlotte Haze) e Peter Sellers
(registo inquestionável do fingidor Clare Quilty). Mais: tal como Nabokov,
Kubrick é implacável com as suas personagens. Recria ambiguidades - Humbert é,
ao mesmo tempo, repelente e comovente - e deixa-nos vislumbrar as perversidades
de cada uma das personagens. A intensidade do livro nĂŁo Ă© corrompida. Ao
contrário do que acontece no "remake" de 1997, onde Adrian Lyne optou por uma
interpretação deformada do romance: H! umbert (Jeremy Irons) surge como um
pedĂłfilo completamente repugnante e doentio, enquanto Lolita (Dominique Swain) Ă©
histriónica e patética. Aliás, Lyne é previsível ao ponto de ter realizado um
filme que roça o género erótico.

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Machine Translation:



This Book Gave Two Films
For M.J.O.
Wednesday, 12 of February of 2003

It is incommensurable in the distance between the two cinematographic
adaptations, homĂłnimas, of the romance of Nabokov: of Stanley Kubrick, of 1962,
and of Adrian Lyne, 1997. The origin of the films and the allure of its
producers for the writer and the workmanship only constitute common factors.

Leaving of side the aesthetic boardings of each author, it matters here to
enhance the interpretation and the reproduction that each one made of "Lolita".
Kubrick is faithful to the narrative format of the Nabokov - in the film it has
equally one "flashback" and is Humbert Humbert who goes telling the moments -
and dirige with a singular correcção James Mason (that it made of Humbert
Humbert one of the best papers of its career), Sweats Lyon (that it discloses
Lolita as true ninfeta, capricious and badly-educated), Shelley Winters (a
inesquecĂ­vel Charlotte Haze) and Peter Sellers (unquestioned register of the
fingidor Clare Quilty). More: such as Nabokov, Kubrick is implacable with its
personages. Recria ambiguidades - Humbert is, at the same time, repellent and
impressive - and leaves to glimpse us the perversities of each one of the
personages. The intensity of the book is not corrupted. In contrast of that it
happens in "remake" of 1997, where Adria! n Lyne opted to a deformed
interpretation of the romance: Humbert (Jeremy Irons) appears as one pedĂłfilo
disgusting and completely unhealthy, while Lolita (Dominique Swain) is
histriĂłnica and pathetic. By the way, Lyne is previsible to the point to have
carried through a film that roça género erótico.


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